segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Clube de Mães e Pais


A GAUDEAMUS – Associação Juvenil em parceria com a Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Agrupamento de Escolas de Arganil, encontra-se a dinamizar um Clube de Mães e Pais na Escola Secundária de Arganil, com uma periodicidade mensal. Esta atividade é uma das iniciativas que integra o Projeto Espaço-Livre: Escola e Família, financiado pela medida 7.3 do POPH.
O Clube de Mães e Pais pretende ser um espaço de reflexão sobre as práticas parentais, sensibilizando as mães e os pais para uma panóplia de temáticas, bem como um contexto que valoriza o papel fundamental dos pais e das mães na educação. Para além de, permitir perceber como elaborar estratégias positivas de resolução de conflitos e criar uma rede interinstitucional com o objetivo de quebrar a espiral da violência.
O Clube teve início no dia no dia 7 de Novembro de 2013 e terminará em Março de 2014, no qual se organizarão 5 sessões. A primeira sessão teve como objetivos a apresentação da GAUDEAMUS – Associação Juvenil, do Clube de Mães e Pais e do grupo. Efetuou-se uma avaliação de expectativas e crenças face ao Clube, seguindo-se uma reflexão sobre o papel e importância das figuras parentais no desenvolvimento da criança e do/a adolescente.
            A segunda sessão realizar-se-á no dia 5 de Dezembro de 2013 onde se trabalhará com o grupo a importância da autoestima. Na terceira, quarta e quinta sessões, ainda a definir a data, trabalhar-se-ão os seguintes temas: resolução de conflitos, contextos de interação/relação violentos, sexualidade e afetos.
            A GAUDEAMUS – Associação Juvenil convida todos os pais e mães do Concelho de Arganil a participar nesta atividade.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Comemoração do Dia da Eliminação da Violência Contra a Mulher

   A GAUDEAMUS – Associação Juvenil, no âmbito das comemorações do dia da Eliminação da Violência Contra a Mulher, que se celebra no dia 25 de Novembro, irá dinamizar, em Arganil, um ciclo de cinema e debate nos dias 25, 27 e 28 de Novembro. O objetivo desta atividade passa por incrementar a consciencialização da comunidade acerca das temáticas da igualdade e violência de género.
O ciclo de cinema e debate é uma das iniciativas que integra o Projeto Espaço-Livre: Escola e Família, financiado pela medida 7.3 do POPH. Pretende-se que esta iniciativa seja desenvolvida em parceria com o Agrupamento de Escolas de Arganil, com o Centro de Emprego e Formação Profissional do Pinhal Interior Norte e a CLDS (Contratos Locais de Desenvolvimento Social) de Arganil.
  No dia 25 de Novembro de 2013 decorrerá a visualização do primeiro filme do ciclo - Persépolis e respetivo debate na Escola Básica de Arganil, cujo público-alvo serão os alunos/as da referida escola. No dia 27 de Novembro decorrerá a visualização e debate do segundo filme do ciclo - Dou-te os meus Olhos, na Santa Casa da Misericórdia de Arganil para técnicos/as.

   

Por último, no dia 28 de Novembro decorrerá na Biblioteca Municipal de Arganil, para os/as formandos/as do Centro de Emprego e Formação Profissional do Pinhal Interior Norte, o último filme do ciclo - Precious, seguindo-se o respetivo debate com os/as comentadores convidados.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dia Internacional da Mulher com o evento “Histórias Batidas”


    A GAUDEAMUS – Associação Juvenil em parceria com a Câmara Municipal e o Mega Agrupamento de Escolas de Arganil celebrou o Dia Internacional da Mulher com o evento “Histórias Batidas”. Esta comemoração visou incrementar o nível de conscientização da comunidade face às temáticas da Igualdade de Género e da Violência Doméstica.



A iniciativa, aberta a toda a comunidade, ocorreu no dia 09 de Março de 2013 às 15h00, no Auditório da Antiga Cerâmica Arganilense, com o lançamento do livro “Histórias Batidas”, uma publicação da GAUDEAMUS – Associação Juvenil, que reúne três histórias de vida de mulheres vítimas de violência doméstica, com trabalhos interpretativos de três ilustradores.

Realizou-se também a visita à exposição de imagens concebidas pelos/as alunos/as do Mega Agrupamento de Escolas de Arganil. Estes trabalhos resultam do concurso escolar promovido pela GAUDEAMUS – Associação Juvenil, com o objetivo de trazer o tema da violência doméstica para o palco da discussão e a conscientizar, através da interpretação do texto de uma das histórias de vida, para as consequências devastadoras nas famílias sujeitas a este flagelo, desafiando os/as estudantes do 8.º ano a ilustrar, no âmbito da disciplina de Educação Visual, esse texto da publicação “Histórias Batidas”.

Os maus-tratos às mulheres perpetrados por parceiros masculinos é uma realidade séria e um problema público comum, para o qual precisamos aceitar responsabilidade colectiva. Como tal, é necessário um esforço conjunto no sentido de se modificar crenças e comportamentos erróneos  Esta ação dinamizada pela GAUDEAMUS representou mais um pequeno passo na luta contra a violência.




quinta-feira, 4 de julho de 2013

Seminário “Género e Violência: os Desafios para a Comunidade e Saúde” - GAUDEAMUS

  A Gaudeamus promoveu um seminário no dia 12 de novembro de 2012 com o tema, “Género e Violência: os desafios para a comunidade e saúde”, na Biblioteca Municipal Miguel Torga em Arganil.
  A iniciativa inseriu-se no Projeto “Espaço livre: Escola e Família” e pretendeu “utilizar uma abordagem integrada no combate à violência doméstica no concelho de Arganil”, contando para o efeito com quatro vertentes, apoiar vítimas, reeducar agressores, incrementar o nível de consciencialização da comunidade e facilitar o trabalho em rede das diversas organizações públicas e privadas com intervenção nesta temática.


  Este seminário pretendeu “constituir-se como um momento de participação ativa, de partilha de boas práticas e de debate conjunto sobre a temática da violência doméstica, incidindo particularmente no papel dos organismos competentes em matéria de saúde”, contando para o efeito com vários especialistas nas áreas social, saúde, educação e justiça.


A Dra. Elza Pais, presidente da Sub-comissão para a Igualdade foi uma das intervenientes deste seminário e começou por recordar alguns dados relevantes como o facto da violência doméstica se ter tornado em crime público a partir de 2000.  Esta relembrou também que em 2007 aquando da revisão do Código Penal “fez se um alargamento do conceito de violência doméstica, integrando-se, por exemplo, os ex-relacionamentos, as ex-uniões de facto e relacionamentos entre casais do mesmo sexo” e em 2009, “houve novo avanço legislativo, passou a haver vigilância eletrônica para os agressores e tele-assistência para a vítima”. Iniciativas que a dirigente reputou de “inovadoras no quadro da União Europeia”.
     Antes, na sessão solene do seminário, a Dra. Elisa Berhringer deu a conhecer a associação que lidera - a Gaudemus - falou das suas origens e dos principais projetos que desenvolve e que irá desenvolver sublinhando relativamente às situações de violência doméstica que “muitas pessoas não fazem nada porque acham que podem fazer pouco”, todavia, alertou, “é melhor fazer pouco do que não fazer nada”, ate porque, sustentou,” certas pessoas em pouco tempo, em poucos gestos, em poucas ações fazem muito e outras em mais tempo, em mais gestos e em mais ações fazem pouco”.
 Por seu lado, o Dr. Carlos Teixeira começou por recordar algumas definições de violência doméstica, enumerando as formas de violência que existem, as funções da violência, reativa e proativa  recordando que a Organização Mundial de Saúde “apela a que todos cooperem na luta contra a violência, quer através de medidas locais, quer através de medidas municipais, nacionais e globais”. Por fim e ainda na sessão de abertura que antecedeu uma panóplia de painéis dinamizados por oradores em áreas tão diversas como a saúde, a educação, o social ou a justiça, usou da palavra a Dra. Paula Dinis. A vereadora da Câmara Municipal de Arganil congratulou-se pela escolha do tema para este seminário que reputou de “muito atual em tempos tão conturbados de alterações sociais”, por isso sublinhou, “saúdo a Gaudeamus pela sua realização e desejo que seja um seminário profícuo”.

  Em jeito de síntese, é importante o papel que cada pessoa tem, enquanto cidadã/ão, no combate a este flagelo. Tratando-se de um crime público é um dever denunciá-lo. Estar do lado das pessoas, nunca ignorar, nem desistir de apoiar. E que, também à comunicação social cabe um papel fundamental na resolução deste gravíssimo problema.








sexta-feira, 15 de março de 2013

Tolerância Zero- Balanço Final.


   Findo o Projeto “Tolerância Zero”, é agora altura de um olhar crítico retrospetivo sobre as atividades aí desenvolvidas e ganhos alcançados.  Este Projeto teve a duração de três anos e destacou-se pela intervenção com vítimas diretas, secundárias e vicariantes, assim como pela oportunidade de apostar na promoção de comportamentos igualitários e na desconstrução de mitos e crenças enquanto estratégia, realizando ações de formação e sensibilização; ações dirigidas à comunidade em geral através de jornais e de programas de rádio.

 A intervenção multidimensional teve como pedra basilar o III Plano Nacional para a Igualdade (PNI) e o III Plano Nacional contra a Violência Doméstica (PNCVD). Em colaboração com as escolas, mães, pais encarregados de educação e as várias entidades comunitárias (instituições, serviços, agentes significativos da comunidade formais e informais).

  Neste sentido, e tendo em conta o diagnóstico de necessidades no qual assenta a formulação dos objetivos de intervenção, constituíram principais objetivos e ações do projeto os seguintes:

    • Ação 1—Intervenção e desenvolvimento psicossocial com vítimas de violência na sua generalidade, diminuindo o impacto da situação traumática, fornecendo empowerment de estratégias de resolução de problemas em situações de crise e prevenindo a revitimação. Para tal, foi preponderante a criação de uma rede interinstitucional com as competentes entidades da administração da justiça, policiais, de segurança social, da saúde, como das autarquias locais e outras entidades públicas ou particulares, na defesa e exercício efetivo dos direitos e interesses das vítimas (Área Estratégica de Intervenção 2 - Proteger as Vítimas e Prevenir a Revitimação, III PNCVD; Área IV—Violência de Género, III PNI). Objetivo concretizado através de:

               -Núcleo de Atendimento a Vítimas (diretas, secundárias e vicariantes);
               -Realização do grupo de Ajuda-mútua.


  • Ação 2—Aumentar a consciencialização pública acerca das temáticas relacionadas com a violência e igualdade, combater o problema da violência na sua raiz, ou seja, modificar muitas das crenças, linguagens e ações associadas à violência através da colmatação de necessidades de prevenção primária, secundária e terciária e de um conjunto de ações centradas no desenvolvimento de competências e forças promotoras da igualdade (Área Estratégica de Intervenção 1 -Informar, Sensibilizar e Educar, III PNCVD; Área III—Cidadania e Género, III PNI ). Objetivo concretizado através de:

            - Participação e difusão de Spot´s na rádio clube de Arganil;
            - Disponibilização de um boletim informativo (GAUDEJORNAL);
            -  Divulgação e Disseminação de Boas Práticas (e.g., execução de atividades no dia Internacional da Mulher, Dia Internacional da Eliminação da violência contra a mulher e dia dos namorados; realização de workshops e seminários no âmbito das temáticas da violência, dinamização do Blog e site a Associação).
             - Realização de ações de sensibilização nas Escolas.
  

  •Ação 3—Promoção de mudanças na atitude em relação à conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal tendo em vista estreitar a relação entre pais, filhos e escola. Concretização do objetivo mediante:
       
        -Realização do Clube de Mães e Pais (dinamização de workshops para o exercício da parentalidade ativa e responsável).


 Em suma, do trabalho realizado ao longo destes três anos do qual se destaca: a intervenção com 94 vítimas de violência, realização de ações de sensibilização com 380 alunos, a realização de 80 programas de rádio, 32 de sessões do Clube de mães e pais e a realizaram de vários artigos para jornais, seminários e ações de sensibilização primária, secundária e terciária,  verifica-se que a violência em todas as suas dimensões deve ser encarado como um problema público para o qual precisamos de aceitar responsabilidade coletiva. 
Como tal, a mudança no domínio sociopolítico é algo fulcral para modificar o status quo destas famílias que vivem quotidianos violentos.
Para que esta mudança seja real, é necessário incidir sobre o “adormecimento” de consciências que, frequentemente, nos leva a acreditar que ainda existe uma “cumplicidade coletiva” com o fenómeno. Foi nesta área que a componente de sensibilização e prevenção primária, secundária e terciária do projeto “Tolerância zero” incidiu, constituindo como um pequeno passo na mudança de crenças centrais.
Para além disto, uma mudança em contextos alargados (e.g., sistema educativo, media) foi uma das missões cumpridas durante estes três anos de vigência do projeto tendo em vista a consciencialização da violência como um problema criminal e não meramente individual e tão-pouco familiar. Só desta forma é possível tornar as queixas privadas em problemas sociais.