quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Cáritas Diocesana de Coimbra, voltou a alertar para a crescente falta de alimentos… “Algumas das crianças que recorrem à nossa Instituição não bebem leite há alguns meses.”
 
A situação agravou-se estes últimos meses por causa dos cortes no Rendimento Social de Inserção – RSI em Julho.

“Um litro de leite é bem vindo!”
 
A Cáritas continua com NECESSIDADE dos alimentos
- enlatados (salsichas, atum, sardinha, grão, feijão, etc),
- leite,
- cereais.
entrega de alimentos: sede da Cáritas
horário: 09.00h – 12.00h / 13.00h-18.00h
morada: Rua D. Francisco de Almeida, nº14
contacto: anapcordeiro@caritascoimbra.pt / 969192241

Para quem tiver dificuldade em se dirigir a Coimbra de forma a fazer o seu donativo, pode deixar o seu contributo no Gabinete para a VIDA que a GAUDEAMUS Ass. Juvenil providenciará que as suas ofertas cheguem à sede da Cáritas.

Contactos da Associação:
GAUDEAMUS Ass. JUvenil
Av. Coimbra, LT. 6, 5 A
Apartado 153

Tlf: 235 412 010
TLMV: 917 911 528

terça-feira, 27 de março de 2012

Seminário Dinamizado pela GAUDEAMUS no Dia Internacional da Mulher

A GAUDEAMUS - Associação Juvenil, através do Gabinete Para a Vida - Projecto “Tolerância Zero”, realizou, no passado dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, um Seminário sobre questões de Género e Saúde.

Este Seminário que teve lugar na Biblioteca Municipal de Tábua contou com a presença de várias/os conferencistas e muitas/os participantes, ultrapassando não só as expectativas da entidade organizadora, mas também a lotação do espaço.

Ao longo do dia, foi criado um ambiente de debate, de partilha de conhecimentos e experiências, enriquecido pela participação activa do público presente, bem como das/os várias/os parceiras/os institucionais.

Assim, o evento integrou duas conferências Plenárias, de Abertura e de Encerramento e 6 comunicações convidadas integradas na temática central e em diversos temas de enquadramento inseridos em cinco painéis temáticos.

Num primeiro momento, o Dr. Vasco Prazeres, representante da Direcção Geral de Saúde, apresentou a perspectiva institucional de Género e Saúde - Estado da Arte.

Seguiu-se o primeiro painel +Género = + Saúde, a cargo da Dra. Mafalda Ribeiro, Psicóloga Clínica do Projecto “Tolerância Zero”, onde se destacou que a Sociedade Portuguesa em geral continua a aceitar um modelo normativo ou “ hegemónico” da masculinidade, o que resulta subsequentemente em condutas disfuncionais e de risco.

Por sua vez, no segundo painel Diferença ± Doença = - Igualdade?, o Dr. Brito Largo fez a análise da situação do cuidar de pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral e concluiu que os prestadores de cuidados são geralmente as mulheres e que tal facto decorre de uma determinação sociocultural.

Já da parte da tarde, a Prof. Dra. Maria Neto dinamizou o painel + Género x Violência = - Saúde?, salientando que a violência contra as mulheres assume-se como a moderna epidemia e como tal, é necessária uma intervenção multissectorial e multidisciplinar.

O quarto painel Pobreza x Violência = - Igualdade? contou com a presença de Prof. Dra. Luísa Ferreira da Silva, que analisou a pobreza como resultado de uma desigualdade social que se repercute na saúde e subsequentemente na mortalidade e morbilidade das classes sociais desfavorecidas. Por fim, no último painel Género + ∞ = + Diferença? a Prof. Dra. Madalena Abreu fez o relato da sua experiência pessoal e realçou a importância do crescimento individual e da relevância da experiência como modo de atribuir significado à análise sensorial.

De ressaltar que, ao longo do dia, a plateia teve a oportunidade de assistir a quatro Momentos Culturais de grande qualidade proporcionados pela Associação Artística Andante que, através das artes da palavra e do som, reflectiu sobre o ser Mulher.

Para além disso, no mesmo local, os/as participantes foram convidadas/os a visitar uma exposição que apresentava as Mulheres que agraciadas com os vários Prémios Nobel, desde o início da sua entrega (1901).

Por fim, é de realçar que o número de participantes e de consequentes opiniões partilhadas nos vários debates excedeu largamente as expectativas da Organização. A presença de muitos elementos, e de várias áreas do saber deve ser encarada como indicador do interesse, da pertinência e da actualidade dos temas abordados neste Seminário.

Na verdade, a apreciação foi muito positiva, tendo sido bem classificado na sua globalidade, assim como no que se refere à pertinência do tema e à clareza das intervenções, para além de pelo menos ter correspondido às expectativas de todas/os as/os participantes, quando não de as ter superado.

Para este sucesso foi imprescindível o apoio precioso da Câmara e Biblioteca Municipais de Tábua, na pessoa da Sr. Vereadora Dra. Ana Paula Neves, assim como à presença das/os nossas/os parceiras/os institucionais – Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) na pessoa do Dr. Manuel Albano, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, representada pela sua Presidente Prof. Dra. Maria da Conceição Bento, Instituto Superior Piaget de Viseu, na pessoa do Prof. Dr. Paulo Alves e da Direcção Geral de Saúde, na pessoa do Dr. Vasco Prazeres a quem mais uma vez publicamente agradecemos, englobando ainda todas as pessoas inscritas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

19 mulheres por dia foram vítimas de violência doméstica

De acordo com as Estatísticas/Relatório Anual 2011, elaboradas pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 19 mulheres por dia foram vítimas de violência doméstica em Portugal, no ano passado. No total foram registados 15.724 crimes de violência doméstica contra as mulheres.

Num momento em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a APAV assinala que a mulher continua a ser a principal vítima de todos os tipos de crime, com 80% dos crimes praticados contra o sexo feminino. O autor do crime é predominantemente do sexo masculino (78%).

Traçando o perfil da vítima de crime, com base nos dados recolhidos pela APAV, verifica-se que: a vítima é mulher; tem entre os 35 e os 40 anos ou mais de 65 anos; é portuguesa; é casada; tem a sua família nuclear com filhos; trabalha por conta de outrem e reside nas grandes cidades.

Na área da violência doméstica verificaram-se mais 505 factos criminosos ao nível dos maus tratos físicos, relativamente a 2010; mais 427 factos nos maus tratos psíquicos; mais 55 factos criminosos no homicídio tentado e mais 5 mortes por homicídio consumado do que em 2010.

A APAV tem tido um papel determinante ao nível do apoio directo à vítima de crime, mas também na prevenção do crime, anterior à vitimação. Essa resposta tem-se traduzido na qualificação dos profissionais que prestam apoio às vítimas de crime, e na sensibilização do público em geral para essas temáticas.

Ao longo de 2011 a APAV realizou 421 acções de sensibilização sobre os temas da violência no namoro, violência doméstica e violência nas escolas, que envolveram 19.624 participantes.

FONTE: APAV

LINK: http://www.apav.pt/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=566

Reatividade excessiva dos pais associada com problemas de comportamento dos filhos

Os pais que se irritam com facilidade e que têm reações exageradas têm uma maior probabilidade de terem filhos que agem fora do controlo e ficam facilmente aborrecidos, sugere um estudo publicado no “Development and Psychopathology”.

Para o estudo, os investigadores da Oregon State University, nos EUA, contaram com a participação de 361 famílias adotivas, tendo também obtido os dados genéticos dos pais biológicos e das crianças.

Os investigadores, liderados por Shannon Lipscomb, acompanharam as crianças aos nove, dezoito e vinte e sete meses e constataram que os pais adotivos que tinham tendência a terem reações exageradas, por exemplo, zangarem-se facilmente quando as crianças testavam os seus limites ou faziam asneiras, influenciavam o comportamento dos filhos. Estas crianças apresentavam “emoções negativas” e agiam fora do controlo, tendo acessos de raiva mais frequentes do que o normal para a sua idade.

"Esta é uma idade onde as crianças são propensas a testar limites e fronteiras", revelou, em comunicado de imprensa Shannon Lipscomb. "No entanto, os estudos mostram consistentemente que as crianças com níveis elevados de emoções negativas durante estes primeiros anos têm mais dificuldades em controlar as emoções, e tendem a apresentar um comportamento mais problemático durante a idade escolar”.

Os investigadores também constataram que as crianças que apresentaram um maior aumento de emoções negativas, desde os nove aos vinte e sete meses de idade, também apresentaram maiores problemas de comportamento aos dois anos. O que sugere que as emoções negativas que ocorrem durante o desenvolvimento do bebé podem ter implicações no comportamento das crianças anos mais tarde.

Por outro lado, o estudo também verificou que a genética também desempenhava um papel importante no comportamento das crianças, particularmente nos casos de crianças que apresentavam um risco genético para as emoções negativas herdadas através das suas mães, apesar de terem sido criadas num ambiente calmo e menos reativo.

Assim de acordo com Shannon Lipscomb os pais têm que ter consciência que a forma como os filhos se adaptam à primeira infância, um momento desafiante marcado pela crescente mobilidade e independência da criança, pode ter impacto no futuro desenvolvimento da criança.

“A capacidade do pais em controlarem as suas reações e não vacilarem, serem seguros e não exageram perante os comportamentos das crianças é uma forma importante de ajudar os filhos a modificar os seus comportamentos”, conclui a investigadora. “Os pais dão exemplo aos filhos no modo como gerem as emoções e reações”.

FONTE: ALERT Life Sciences Computing, S.A. Estudo publicado no “Development and Psychopathology”.

LINK: http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/reatividade-excessiva-dos-pais-associada-com-problemas-de-comportamento-dos-filho#.T0grhMOeWgM.facebook


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Seminário - Questões de Género


O IV Plano Nacional para a Igualdade pretende afirmar a igualdade como factor de competitividade e desenvolvimento , numa tripla abordagem:

Reforço da transversalização da dimensão de género;

Conjugação desta estratégia com acções específicas;

Introdução da perspectiva de género em todas as áreas de discriminação

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as desigualdades entre grupos sociais em todas as áreas e especialmente em matéria de saúde são «política, social e economicamente inaceitáveis».



OBJECTIVOS DO SEMINÁRIO



- Sensibilizar a comunidade em geral e técnicas/os das áreas de saúde e social em particular, do impacto negativo na saúde - entendida no sentido lato definido pela OMS - da não integração da perspectiva de género, nomeadamente nas práticas quotidianas, no acesso e nos cuidados;

- Contribuir para a divulgação e adopção de estratégias de promoção da igualdade;

Identificar a violência como um problema de saúde pública


PROGRAMA

09h00 - Abertura do Secretariado

09h30 - 10h00 - Sessão de Abertura

Representante da CIG, Presidente da Câmara, Representante da DGS,
Directora do Centro de Saúde, GAUDEAMUS.

10h00 - 10h40 - Apresentação do Tema: Saúde e Género - O Estado da Arte

Representante da DGS - Dr. Vasco Prazeres

10h40 - 11h10- Pausa / Visita à Exposição

11h10 - 11h40 Debate: + Saúde = + Género | Bem estar Psicológico: uma questão de género e/ou de saúde?

Dra. Mafalda Ribeiro - Psicóloga Clínica do Gabinete para a Vida

Dra. Patrícia Vaz - Coordenadora Técnica numa Associação Juvenil

11h50 - 12h30 Diferença +/- Doença = - Igualdade?

Estereótipos de Género - Que Influência no Domínio da Doença Crónica.
Dr. Brito Largo - Terapeuta da Fala nos HUC, Terapeuta Familiar Fac. de Psicologia da UC

Dra. Carla Correia - Médica Coordenadora da UCSP de Tábua

12h30 - 14h00-I Momento Cultural - Almoço Livre

14h00 - 14h40 - Género x Violência = - Saúde

Impacto da Violência na Saúde Feminina

Prof. Dra. Maria Neto - Docente Esc. Sup. de Enfermagem C.

Dra. Sofia Bernardes - Médica Delegada de Saúde

14h40 - 15h20 - Pobreza x Género + Doença = - Igualdade

Saúde no Colectivo: A pobreza e o Género

Prof. Dra. Luísa Ferreira da Silva - Docente da Uni. Técnica de Lisboa

Dra. Ana Costa - Conselheira da CIG pelo Graal

15h20 - 15h50 Pausa

15h50 - 16h30 Género + = + Diferença

A Espiritualidade na Saúde e na Doença: uma questão de Género?

16h30 - 17h00 - II Momento Cultural

Conclusões seguidas da Sessão de Encerramento - Participantes a designar

Inscrição on-line: http://jotform.com/form/20313028940

A inscrição deverá ser enviada até ao dia 01 de Março de 2012 para:

GAUDEAMUS - Associação Juvenil

Av. de Coimbra, Lote 6 - 5A

Tel.: 235 412 010 - Fax.: 235 418 610

Email: info@gaudeamus.org.pt

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pais preocupados com novas regras laborais

Os pais temem que os filhos venham a ficar em casa sozinhos, caso seja aplicado o novo regime que elimina o sábado como dia de descanso, por falta de estruturas capazes de acolher as crianças. Os representantes da Confederação Nacional e Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) estão «preocupados» com a alteração ao Código de Trabalho que prevê um novo regime de banco de horas. O regime admite um aumento máximo de 150 horas anuais, o que significa que, mediante acordo com o trabalhador, poderá ser possível trabalhar 25 dos 52 sábados do ano.

«O que vai acontecer é que muitos filhos vão ficar sozinhos em casa, porque o mercado vai tentar dar resposta às mudanças, mas neste momento o país não está preparado, não tem estruturas para deixar os alunos», alertou Rui Martins, secretário da CNIPE. O representante da CNIPE lembrou à Agência Lusa que esta mudança implica ter os estabelecimentos a funcionar ao fim-de-semana, mas também ter transportes para as crianças: «Há muito tempo que deixou de haver escola ao sábado e, depois, também não há transportes. É preciso não esquecer que há muitas escolas que são distantes de casa dos alunos, que estão a muitos quilómetros de distância», lembrou Rui Martins.

A Agência Lusa contactou o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, que explicou que será preciso analisar «caso a caso», apesar de reconhecer que é capaz de «ser difícil» dar as respostas necessárias porque, neste momento, «as instituições já estão no limite e não podem fazer muito mais». Apesar de já existirem creches e estabelecimentos de pré-escolar abertos sete dias por semana, Lino Maia diz que a maioria está encerrada ao fim-de-semana.

Já o diretor da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, garantiu «as escolas do ensino particular estão sempre disponíveis a recolher os alunos e responder às necessidades dos país».

O presidente da Associação Nacional das Famílias Numerosas, Fernando Ribeiro e Castro, lamenta a «situação de emergência» a que o país chegou e, por isso, entende que as pessoas têm «de trabalhar mais» e que «a sociedade terá de se organizar nesse sentido. Terá de haver oferta das creches para cobrir essas necessidades das famílias». «As famílias já estão a pagar mais eletricidade, mais transportes, mais de tudo e tem de se encontrar um equilíbrio. Temos de pagar mais agora e vamos ver até onde é que vamos conseguir aguentar», disse Fernando Ribeiro e Castro.

Para o padre Lino Maia, a situação é «preocupante». O responsável lamenta não ver a família «mais protegida»: «A família são as pessoas que se encontram por afetos, por sonhos, por realizações. Se não há este espaço, este tempo, as pessoas começam a andar à deriva, sem projeto e sem afeto, desencontram-se», alertou, sublinhando que gostava que «pelo menos o fim-de-semana fosse o tempo da família».

Fonte: Revista Pais & Filhos

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Internet amplia perigos para as crianças

O desenvolvimento da internet tem vindo a fazer aumentar o nível de perigo a que as crianças são expostas, revela um estudo da Unicef. «Embora ofereça mais oportunidades para educação e informação que em qualquer outra época da história, [a internet] veio também amplificar a escala e o potencial de ameaças às crianças», salienta o trabalho, denominado Protecção das crianças do abuso e exploração sexuais no ambiente de fusão Online/Offline.

O estudo visa proporcionar um melhor entendimento dos riscos que os jovens correm online, e apresenta um enquadramento para protegê-los dos perigos em três vertentes: imagens de abuso de crianças, sedução manipuladora online e cyberbullying. O relatório citado pela Agência Lusa alerta para a necessidade de criar «um ambiente mais seguro» na internet, actuando em quatro áreas: capacitar as crianças para que se protejam, acabar com a impunidade dos abusadores, reduzir a disponibilidade e o acesso ao perigo e apoiar a recuperação das vítimas.

O relatório refere ainda que a legislação e respectiva aplicação efectiva à escala global são elementos de protecção cruciais, mas em termos nacionais, a aplicação das leis tem sido lenta em muitos países, e naqueles em que essa legislação existe, a mesma carece muitas vezes de harmonização, em particular nas áreas de definição de «criança» e de «pornografia». Dos 196 países analisados, apenas 45 dispõem de legislação suficiente para combater as infracções por utilização de imagens de abuso de crianças.

Fonte: Revista Pais&Filhos

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Médicos têm “o dever” de sinalizar casos de violência doméstica às autoridades

O medo faz com que muitas mulheres escondam aos médicos que são vítimas de violência doméstica, acabando por inventar outros motivos para as agressões. A directora da Delegação Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal sabe que o facto acontece com muita frequência e reconhece que o médico deve sinalizar os casos de violência doméstica.

“Aos profissionais que estão no terreno e trabalham com estas pessoas não chega nada”, afirma Teresa Magalhães. “Por exemplo, aos médicos chegam relatos que não têm nada a ver com a ocorrência”, conta a médica e investigadora.

Ainda assim, Teresa Magalhães lembra que os profissionais que actuam na “qualidade de funcionários públicos” têm “o dever de sinalizar” casos de violência doméstica e maus tratos, “que são crimes públicos”, recorda a docente da Universidade do Porto.

No que diz respeito aos médicos, “muitas vezes coloca-se a questão de que este pode estar obrigado ao segredo médico”, reconhece a especialista.

No entanto, Teresa Magalhães não deixa dúvidas: “o nosso código deontológico é muito claro em relação às crianças, aos idosos e às pessoas com incapacidades e diz que o médico tem o dever de comunicar as situações que tem conhecimento às autoridades competentes”.

Prevenção deve começar junto das crianças

Autora do livro “Violência e Abuso - Respostas simples para questões complexas”, entre outras obras dedicadas ao tema, Teresa Magalhães elogia o trabalho que tem sido feito em Portugal ao nível da prevenção e apoio às vítimas de violência doméstica.

A médica defende que agora é preciso passar para um próximo patamar: “a formação”. Em todos os campos que lidam com o assunto, do direito à psicologia passando pela medicina, “é necessário formar pessoas que depois possam se dedicar a tempo inteiro a estas questões”, defende Teresa Magalhães.

Outro ponto sustentado pela investigadora é começar a prevenção junto dos mais novos. “Começa a desenvolver um trabalho sistemático e para sempre junto das nossas crianças”, explica Teresa Magalhães.

“Elas serão as futuras vítimas ou os futuros abusadores e, então, é preciso começar a ensiná-los desde logo porque é que elas não têm de ser vítimas e porque é que elas não têm que abusar”, concluí a médica.

@Alice Barcellos

Fonte:Sapo Notícias