terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lançada nova campanha nacional contra a violência doméstica

Uma em cada três vítimas de violência doméstica permanece mais de dez anos na relação e, para combater este crime, é lançada hoje uma nova campanha nacional.

No âmbito do IV Plano Nacional Contra a Violência Doméstica, que começou este ano e termina em 2013, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) lança hoje mais uma campanha de sensibilização para combater este flagelo.

"Esta é mais uma chamada de atenção para o problema da violência doméstica", explicou à Lusa a secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, lembrando que "na maior parte dos casos as mulheres percorrem uma trajetória de violência que dura muitos anos".

Citando os últimos estudos nacionais, Teresa Morais recordou que "entre 36 a 39 por cento das mulheres suportam durante mais de uma década uma relação violenta".

Hoje, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, o executivo apresenta no Hospital Amadora-Sintra a campanha de sensibilização para 2011.

Até ao segundo trimestre deste ano, a forças policiais receberam 14.508 participações relacionadas com casos de violência doméstica. "Em 85 por cento dos casos as vítimas eram mulheres e em 15 por cento eram homens", acrescentou a secretaria de Estado.

Comparando com igual período do ano passado, registou-se uma "ligeira diminuição de quatro por cento", revelou a responsável, acrescentando que "esta tendência se deverá manter ao longo do terceiro trimestre". A campanha será visível em anúncios nas televisões, jornais e rádios, mas também nos autocarros de Lisboa e Porto, onde serão afixados cartazes.

"Nas próximas três semanas a campanha vai estar presente com grande intensidade", garantiu a responsável. Além das campanhas de sensibilização, o Plano Nacional de Combate à Violência Doméstica prevê outras medidas (50 no total), que contam com o envolvimento das autarquias para conseguir prevenir e combater este crime.

A divulgação de boas práticas empresariais no combate à violência doméstica, a implementação do rastreio nacional de violência doméstica junto de mulheres grávidas, a implementação de programas de uma intervenção estruturada para agressores, o alargamento a todo o território nacional da utilização da vigilância eletrónica, e a criação do mapa de risco georeferenciado do percurso das vítimas são outras das medidas definidas no plano.

Fonte: Notícias Sapo

sábado, 19 de novembro de 2011

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

Para o próximo dia 25 de Novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, data designada oficialmente já desde 1999, pelas Nações Unidas (ONU) a GAUDEAMUS Ass. Juvenil irá dinamizar uma série de actividades para sinalizar este dia em Tábua e Arganil. Desta forma gostaríamos que nos ajudassem a divulgar as nossas iniciativas para esse dia. Numa comunidade onde a Violência Doméstica é palco quase "porta sim, porta sim" parece-nos deveras importante divulgar o nosso trabalho para que pouco a pouco possamos chegar ao maior número de pessoas e crianças do conselho que possam sofrer por serem vítimas deste problema.

Marcha Nocturna - Folheto de Inscrição


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dia 25 de Novembro: Dia Internacional pela Eliminição da Violência Contra as Mulheres


Não à violência contra a Mulher


Desmistifique mitos e crenças. Quebre este ciclo.

Porque é um problema de todos nós.

Queixas de Violência Doméstica devem atingir 31 mil

O número de queixas por violência doméstica em Portugal tem vindo a aumentar na última década, devendo as forças de segurança registar, este ano, cerca de 31 mil participações.

No primeiro semestre deste ano, as forças policiais, designadamente a PSP e a GNR, receberam cerca de 14700 queixas por crimes de violência doméstica, disse Marta Silva, da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG).

Entre 2000 e 2008, a evolução dos registos oficiais apontam para "uma subida de 10% a 12%", em cada ano, das queixas por esse tipo de crime.

Marta Silva falava na primeira sessão plenária do colóquio "Violência doméstica sobre as mulheres - Respostas, dilemas e desafios", organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

A oradora ressalvou que, numa "análise genérica" dos dados disponíveis desde 2000, quando os actos de violência doméstica passaram a ser considerados crime pública na ordem jurídica portuguesa, verificou-se um "aumento significativo" das denúncias assumidas pelas vítimas, na ordem dos 10% a 12% por ano, até 2008.

De 2008 para 2009, "devido à alteração do quadro legal" então ocorrida, que alargou de "forma exponencial" o leque de situações que podem constituir crime de violência doméstica, o número de participações às autoridades subiu 38%.

Para Marta Silva, os mais de 30 mil casos de suposto crime, que em média são registados todos os anos pelas forças de segurança, correspondem, no entanto, a "uma cifra mínima daquilo que é o problema real" da violência doméstica no país.

"Já muita coisa foi feita em termos de respostas sociais e judiciais às vítimas", disse, por seu turno, Madalena Duarte, da organização do colóquio, que decorreu no auditório da Faculdade de Economia de Coimbra.

Madalena Duarte e Ana Oliveira, investigadoras do CES, desenvolvem um projecto nesta área subordinado ao tema "Trajectórias de esperança: itinerários institucionais de mulheres em situação de violência doméstica".

A formação de agentes policiais para que "recebam as mulheres" vítimas agredidas "com uma dignidade" que antes não existia foi "um dos maiores investimentos" efectuados neste domínio nos últimos anos, salientou Marta Silva.

Fonte: Jornal de Notícias

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2087168